30 de jun. de 2011

ps.: ...

você me desafina
seu tom é outro
seu timbre é belo

mesmo desafinado por você
canto mais alto por mim
e me perco nas minhas músicas
que são suas

22 de jun. de 2011

talvez tenho dito já todas as coisas, mas sinto que ainda devo dizer mais
há um nó na garganta que tento fingir não incomodar
tento não te atrapalhar e me atrapalho com tudo isso

não é só falar, não é só tentar,
perder nesse jogo dá medo de em outro jogo entrar

as pessoas são um jogo de azar



Pedro Ormuz

8 de jun. de 2011

Poema do novo (de novo)

Eu não penso em saber o que eles pensam,
de fato, isso eu até quero,
mas me impressiona, de bom grado:
a dúvida e a possibilidade da dissolução.

Foi-se o tempo de pensar negativo,
foi-se o positivo e ficou o novo.
O novo é o tempo dos fatos,
e o tempo dos fracos é o anteontem

Não queimo retratos, cartas eu guardo.
Fica claro que sou do passado:
Do passado adiante passando

Onde melhorar em mim? Esse caminho é assim.
Não me resta outra alternativa:
Melhorar o mundo me melhorando.