14 de mar. de 2008

Alaska




Juliana me disse uma vez - que havia pensado em ter me dito antes - que era fácil ser como ela, que é fácil esperar o tempo todo, e , que não acha loucura nenhuma as pessoas viverem desesperadamente, como se o mundo fosse acabar no próximo gole ou no penúltimo amor.

Ela enchia os olhos de lágrimas enquanto se entregava à dor. As pausas entre as falas e os tragos eram sutilmente interrompidas por seus gemidos.

Ela me disse que ia morrer sem medo, mas iia partir arrependida. Naquela altura suas células cancerígenas se espalhavam mais rápido pelo corpo do que os pensamentos por sua mente.

Juliana disse que morreria lentamente, da mesma forma que viveu. E me disse isso no seu último momento, pois sabia esperar.

3 comentários:

  1. Torísssssimo fih.
    E apesar dos pesares, eh bom beber cda gole desesperadamente como se fosse o ultimo,e viver cada amor assim tb.
    vive-se mais em menos.

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  2. vive-se mais em menos!
    e cuidado com a espera, e a falta dela.

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  3. E incrivelmente td vai e volta de acordo com juliana e o q ela diz.

    Preciso viver mais.

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