6 de set. de 2010

O muro

Um muro te protege de mim
Te priva do meu cotidiano labuta
Um muro que você chama de sorte
Uma prisão que eu nunca nomeei

Um muro de conforto, um agasalho.
Hoje, da noite, dividimos o frio
Você com leite quente, eu fome
Pele trincada, sem dividir cobertores

Da minha inocência surge teu descaso
da tua sorte a minha cesta de caridade
O meu sonho de pagar conta e estudar

Da sua inocência surge minha rebeldia
da minha sorte o teu relógio que roubei.
O seu sonho de aumentar o tamanho do muro



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