Me rendo ao trago
ele há, ainda há
um afago, um alívio
substituto prazer alcançado
sem renúncia
sem denúncia
eu, só, me abraço
pego o lápis e rabisco
frases sem sentido
bilhetes sem destino
viagens no sofá
Pedro Ormuz
17 de ago. de 2012
14 de ago. de 2012
uma porca poesia
Teu gosto é velho conhecido meu
e não me canso, em ti descanso
cada vez que me atrevo, mascando
te acariciando com os dentes meus
Pedro Ormuz
12 de ago. de 2012
Dia dos pais
Ele iria receber nosso presente?
meu e de minha irmã
Abriria a porta?
Atenderia o telefone?
"será que ele está nos ouvindo?"
Estaria mesmo em casa?
Estaria mesmo em casa?
Não sei, mas sabíamos
Não nos deixou saber dele
Ele não suportaria saber
e também não se permitiu
Mais velho, espero o fatal encontro
Esse haveremos de ter
Quem de nós velará o corpo do outro?
Se dane com a sorte a resposta
Se dane com a sorte a resposta
o dia dos pais é desconforto
habitual
Até quando eu dizer adeus
e será sem resposta
habitual
Jogando terra sobre sua cova
Enquanto hoje à cavo
Pedro Ormuz
Pedro Ormuz
Erupção
Um vulcão adormecido
Cem anos em hibernação
Surge e mancha o céu
Mostra forte erupção
— Acha que esperarei
todo esse tempo, pra
rolar no chão, sorrir
contigo, manchar seu batom?
Não. Não espero não.
Pedro Ormuz
Cem anos em hibernação
Surge e mancha o céu
Mostra forte erupção
— Acha que esperarei
todo esse tempo, pra
rolar no chão, sorrir
contigo, manchar seu batom?
Não. Não espero não.
Pedro Ormuz
10 de ago. de 2012
On The Road
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- On the Road -
Cento e vinte por hora num carro apertado
Um baseado rolando, uma garota do lado
Eu desço num posto pra comprar cerveja
Mas não fumo cigarros nem leio a Veja
O pneu tá desgastado, vamos pelo atalho
Uma estrada de chão que corre ao lado
Não é diferente do que a gente faz
Ficar na deriva à procura da paz
O asfalto de fogo e o sol escaldante
Não me fazem parar e nem largar o volante.
No meio da estrada, meu Chevette amarelo
É como um risco de luz, é como ouro em farelo.
Seguimos em frente, rumo ao fim da vida,
Sem saber se a morte é chegada ou saída.
Embrulhe a pança com um saco de pão,
Quem sabe a fome te esquece, mas eu acho que não
Cento e vinte por hora num carro apertado
Um baseado rolando, uma garota do lado
Eu desço num posto pra comprar cerveja
Mas não fumo cigarros nem leio a Veja
Seguimos em frente, rumo ao fim da vida,
Sem saber se a morte é chegada ou saída.
Embrulhe a pança com um saco de pão,
Quem sabe a fome te esquece, mas eu acho que não
Nada se compara a esse vento no pescoço
Nada se compara a esse vento no pescoço
Nada se compara a esse vento no pescoço
Nada se compara a esse vento no pescoço
Letra e Música: Pedro Ormuz e Wilson Filho
- On the Road -
Cento e vinte por hora num carro apertado
Um baseado rolando, uma garota do lado
Eu desço num posto pra comprar cerveja
Mas não fumo cigarros nem leio a Veja
O pneu tá desgastado, vamos pelo atalho
Uma estrada de chão que corre ao lado
Não é diferente do que a gente faz
Ficar na deriva à procura da paz
O asfalto de fogo e o sol escaldante
Não me fazem parar e nem largar o volante.
No meio da estrada, meu Chevette amarelo
É como um risco de luz, é como ouro em farelo.
Seguimos em frente, rumo ao fim da vida,
Sem saber se a morte é chegada ou saída.
Embrulhe a pança com um saco de pão,
Quem sabe a fome te esquece, mas eu acho que não
Cento e vinte por hora num carro apertado
Um baseado rolando, uma garota do lado
Eu desço num posto pra comprar cerveja
Mas não fumo cigarros nem leio a Veja
Seguimos em frente, rumo ao fim da vida,
Sem saber se a morte é chegada ou saída.
Embrulhe a pança com um saco de pão,
Quem sabe a fome te esquece, mas eu acho que não
Nada se compara a esse vento no pescoço
Nada se compara a esse vento no pescoço
Nada se compara a esse vento no pescoço
Nada se compara a esse vento no pescoço
Letra e Música: Pedro Ormuz e Wilson Filho
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