É preciso falar
Treinar a pontaria
E tendo boa arma
Mirar alvos superiores
29 de dez. de 2011
XVII
Anote aí, no seu note
essa nota que direi:
— Não se perca por pouco,
o absurdo está além,
se nada volta,
tudo pode recomeçar.
essa nota que direi:
— Não se perca por pouco,
o absurdo está além,
se nada volta,
tudo pode recomeçar.
XVI
Pagando caro por receber pouco
pagando caro
pagando
pagando caro
caro por receber pouco
pagando caro por receber pouco
pagando caro
pagando
pagando caro
caro por receber pouco
pagando caro por receber pouco
XV
Homem do espaço,
já ouvi seus gritos,
tudo pelo rádio
Homem do espaço,
habitante do zero G,
respire fundo no vácuo
Você longe da Terra
Eu numa órbita fora do espaço
Você seis meses nessa nave
Eu o ano todo entediado
já ouvi seus gritos,
tudo pelo rádio
Homem do espaço,
habitante do zero G,
respire fundo no vácuo
Você longe da Terra
Eu numa órbita fora do espaço
Você seis meses nessa nave
Eu o ano todo entediado
VIII
O medo que move
O marco que morde
A ameaça que ameniza
Um sonho sujo
De vermelho vinho
Desejo e cobiça
O marco que morde
A ameaça que ameniza
Um sonho sujo
De vermelho vinho
Desejo e cobiça
VII
Pobre Rico
E o dinheiro? Estive anos sem ele
e não recebi por mérito meu.
E daí, meu chapa!
Eu tenho um milhão de dólares
e posso ter a mulher que quiser.
Se você me conhece,
sinta orgulho,
só os bons me rodeiam.
Eu tenho dinheiro.
Mais nada.
O que mais precisaria?
E o dinheiro? Estive anos sem ele
e não recebi por mérito meu.
E daí, meu chapa!
Eu tenho um milhão de dólares
e posso ter a mulher que quiser.
Se você me conhece,
sinta orgulho,
só os bons me rodeiam.
Eu tenho dinheiro.
Mais nada.
O que mais precisaria?
VI
Infinitos esqueceram de mim...
E meus pais saíram de viagem
a casa é minha
O mundo ainda é deles
Mas que mundinho sem graça
Mal sabem eles que estou:
comendo sorvete e acordando tarde
assustando ladrões e assistindo godfather
Há por aqui uns ladrões babacas
Pr'eles nem me escondo de baixo da cama
"Eu sou o Homem da casa"
E meus pais saíram de viagem
a casa é minha
O mundo ainda é deles
Mas que mundinho sem graça
Mal sabem eles que estou:
comendo sorvete e acordando tarde
assustando ladrões e assistindo godfather
Há por aqui uns ladrões babacas
Pr'eles nem me escondo de baixo da cama
"Eu sou o Homem da casa"
IV
Bom aconchego é o amigo
se faz presente só de pensar
e da saudade daquele cara
fez a vontade ir lá visitar
Raros amigos e raras visitas
Pois é, o tempo ensina aceitar
se faz presente só de pensar
e da saudade daquele cara
fez a vontade ir lá visitar
Raros amigos e raras visitas
Pois é, o tempo ensina aceitar
III
Cordeiro Santana
Quanto desperdício de tempo
pra você se manter atento
a se limitar no pouco
de manter-se avesso a Ti
Quanto desperdício de tempo
pra você se manter atento
a se limitar no pouco
de manter-se avesso a Ti
I
I
Toca a Ti
O que te repele toca-te
O que te fura toca-te
O que temes toca-te
Você sozinho te toca
e todo o mundo toca a ti
Toca a Ti
O que te repele toca-te
O que te fura toca-te
O que temes toca-te
Você sozinho te toca
e todo o mundo toca a ti
Excrementos de dezembro
Do dia 24/11 até o dia 31 de dezembro de 2011, postarei aqui os "Excrementos de Dezembro":
Textos, frases soltas, poemas, sem objetivo ou estilo, todos expelidos nesse intervalo de tempo.
Boas festas, absurdas e psicodélicas festas de fim de ano e seus excrementos.
Textos, frases soltas, poemas, sem objetivo ou estilo, todos expelidos nesse intervalo de tempo.
Boas festas, absurdas e psicodélicas festas de fim de ano e seus excrementos.
24 de out. de 2011
Poema do Recalcado
Em mim, uma parte
sem delongas, ataca em poesia
Como sou e quanto falo
outra se alonga, proseia sem rimas
Se couber numa cadência,
deve ser que música vira
Porém há a que se cala
E em fantasia ou recalcada
é qual de mim mais fala
sem delongas, ataca em poesia
Como sou e quanto falo
outra se alonga, proseia sem rimas
Se couber numa cadência,
deve ser que música vira
Porém há a que se cala
E em fantasia ou recalcada
é qual de mim mais fala
17 de out. de 2011
Esse velho penteado
eu te conheço
eu lembro
eu sei de você
esse penteado já tá velho
é do meu tempo
e o meu tempo
você fingiu esquecer
então troque esse penteado
eu lembro
eu sei de você
esse penteado já tá velho
é do meu tempo
e o meu tempo
você fingiu esquecer
então troque esse penteado
13 de out. de 2011
Na casa vazia
Na casa vazia,
não tem hora pro almoço,
não tem motivo pra não experimentar um novo penteado,
não há porque não fazer desse corredor uma avenida,
do meu cachorro um público,
do meu sofá um palco,
dos meus livros mil mundos
e da saudade uma ligação pra sua casa
"oi, vem pra cá"
não tem hora pro almoço,
não tem motivo pra não experimentar um novo penteado,
não há porque não fazer desse corredor uma avenida,
do meu cachorro um público,
do meu sofá um palco,
dos meus livros mil mundos
e da saudade uma ligação pra sua casa
"oi, vem pra cá"
8 de out. de 2011
Parte de mim
as madrugadas ainda são de recordação,
mas que porra é essa de ficar lembrando
que Fraqueza é essa de desejar o que não dá?
toma um rumo meu amigo, você já está bem cheio de calos, repleto de remendos, nem te falo sobre os trapos que te mantêm na moda, bicolor, dando um belo apelido pra monocromático.
Acorda, ela é da vida, você da morte.
mas que porra é essa de ficar lembrando
que Fraqueza é essa de desejar o que não dá?
toma um rumo meu amigo, você já está bem cheio de calos, repleto de remendos, nem te falo sobre os trapos que te mantêm na moda, bicolor, dando um belo apelido pra monocromático.
Acorda, ela é da vida, você da morte.
23 de set. de 2011
Tripalium
Preciso de grana
preciso de comer
Sonho pra viver
Vida de sonhar
Preciso trabalhar
me vender
me vendar
preciso de comer
Sonho pra viver
Vida de sonhar
Preciso trabalhar
me vender
me vendar
17 de set. de 2011
Às traíras
Eu precisava expor essa angústia, esse peso de invasão
que não contava com sua astúcia, com a pedra no coração
Nada é o que me parece
e a resposta é sempre a mesma
um delinquente estrondo de amor
no mundo dos surdos
Meu pincel coloriu nesse quadro, cores que em mim não cabia
e o desenho do seu retrato, e a história da sua vida
Tudo é o que me pode
é a pergunta que deve mudar
um lúcido sussurro de ódio
no ouvido de quem aguentar
que não contava com sua astúcia, com a pedra no coração
Nada é o que me parece
e a resposta é sempre a mesma
um delinquente estrondo de amor
no mundo dos surdos
Meu pincel coloriu nesse quadro, cores que em mim não cabia
e o desenho do seu retrato, e a história da sua vida
Tudo é o que me pode
é a pergunta que deve mudar
um lúcido sussurro de ódio
no ouvido de quem aguentar
11 de set. de 2011
O que ainda há
"não será o fim,
se você não voltar mais,
cuidarei de mim,
mesmo se eu ficar pra trás
Mas chegue perto de mim
só vá mesmo no fim
aproveite o que ainda há"
se você não voltar mais,
cuidarei de mim,
mesmo se eu ficar pra trás
Mas chegue perto de mim
só vá mesmo no fim
aproveite o que ainda há"
Viagens, voz, teclado e violão meus.
Pedro Ormuz
3 de set. de 2011
Psicodelia e Absurdos
digite lento se vc estiver louco demais
mas não digite menos
tragas um copo
tragues um cigarro
siga adiante
escreva gemendo
vomitando colorido
rindo em branco em preto
mas escreva mais
meio ébrio, meio sóbrio, meio meu, resto teu
tem dias que eu chego bêbado
penso numa, penso em duas
três garotas?
que nada
três cervejas
elas sempre ficam geladas e vão esquentando
e ficam chatas quando ficam quentes demais
as cervejas?
que nada
as garotas
17 de ago. de 2011
16 de ago. de 2011
O Próprio Amor-prÓprio
Estava tão só que fugiu de si
escreveu uma carta pra casa,
terminou tudo pelas frases.
Não abriu quando recebeu
ignorar estava na moda
ter razão, não
escreveu uma carta pra casa,
terminou tudo pelas frases.
Não abriu quando recebeu
ignorar estava na moda
ter razão, não
E pode piorar
Miojo e cubos de carne
Tang e cubos de gelo
nenhuma mulher na cama
nenhuma puta na sala
Pode ser pior
poderia haver um corpo
frio estendido no banheiro
Poderia ser pior
minha mulher ser puta
minha puta não ser mulher
Tang e cubos de gelo
nenhuma mulher na cama
nenhuma puta na sala
Pode ser pior
poderia haver um corpo
frio estendido no banheiro
Poderia ser pior
minha mulher ser puta
minha puta não ser mulher
2 de ago. de 2011
Gentil Descanso
Haverá tranquilidade
paz
em todas as tensões
em cada músculo, cada parte
da testa ao queixo
nas dobras das mãos
a gentileza, a pureza
o último carinho da vida
feita no aconchego
e de volta ao lar
entregue ao mundo
de verdade, apenas
morto
paz
em todas as tensões
em cada músculo, cada parte
da testa ao queixo
nas dobras das mãos
a gentileza, a pureza
o último carinho da vida
feita no aconchego
e de volta ao lar
entregue ao mundo
de verdade, apenas
morto
Poucas batidas por minuto
Você me parece muito cansado
cansou até de não ser você
cansou dos medos
que
te prendiam a nada
Estou apenas sussurrando
ao seu ouvido
você semiconsciente
eu
nem sei porque
tento mantê-lo acordado
O que você´me permite
além de atuar
fingir tanto sofrer
é ver
Sussurrando ao seu ouvido
"feches os olhos
não há mais nada
a temer
diga adeus"
cansou até de não ser você
cansou dos medos
que
te prendiam a nada
Estou apenas sussurrando
ao seu ouvido
você semiconsciente
eu
nem sei porque
tento mantê-lo acordado
O que você´me permite
além de atuar
fingir tanto sofrer
é ver
Sussurrando ao seu ouvido
"feches os olhos
não há mais nada
a temer
diga adeus"
Cortando (cortando mais, sangrando menos)
Ela se move de um lado
se move para outro, dança
bebe outro gole, dança
De um lado para outro
Também o cabelo, de um lado
Quando ela dança, para outro
Tem a língua afiada
há de usar
A pele de cobra
que sai entre os dedos
e se enrola na mão
com a língua
afiada
cortando
de um lado
para outro
.
se move para outro, dança
bebe outro gole, dança
De um lado para outro
Também o cabelo, de um lado
Quando ela dança, para outro
Tem a língua afiada
há de usar
A pele de cobra
que sai entre os dedos
e se enrola na mão
com a língua
afiada
cortando
de um lado
para outro
.
TTTÉDIO
Fumar
então fumar mais
dormir
Acordar com raiva
Fumar
pra passar
Num sábado desses
há garotas nos clubes
há moças no sol
de óculos escuros
molhadas
tanguinha, requebrando
Eu acendo outro baseado
olho adiante
nada vejo
Até que a fumaça some
o efeito passa
E
nada vejo
Essa merda
não ia me levar além?
.
então fumar mais
dormir
Acordar com raiva
Fumar
pra passar
Num sábado desses
há garotas nos clubes
há moças no sol
de óculos escuros
molhadas
tanguinha, requebrando
Eu acendo outro baseado
olho adiante
nada vejo
Até que a fumaça some
o efeito passa
E
nada vejo
Essa merda
não ia me levar além?
.
Noutros Papos
Há outros papos que quero ter contigo
mas não quero descrevê-los
Deixa pra gente ver isso depois
vamos tentar o que ainda não tentamos
e agora já percebemos, o tempo
o tempo pede pra tentar
passa lento aos que não vão
o caminho fica grande
aos que só caminham
E nos outros papos, baby
Tanto faz em quanto tempo
ou sequer por onde
depois vou te contar
mas não quero descrevê-los
Deixa pra gente ver isso depois
vamos tentar o que ainda não tentamos
e agora já percebemos, o tempo
o tempo pede pra tentar
passa lento aos que não vão
o caminho fica grande
aos que só caminham
E nos outros papos, baby
Tanto faz em quanto tempo
ou sequer por onde
depois vou te contar
18 de jul. de 2011
Não à calma
Que leve e suave sua chegada,
passos ingratos que trouxeram
que já levaram e então vieram
pra devolver a calma esperada
É injusto pedir um favor?
Posso eu querer-te mais?
Tenho pressa de ti
Pedir tempo ao tempo
É só dar a si, pouco do tempo
em tempo demais
Pedro Ormuz
passos ingratos que trouxeram
que já levaram e então vieram
pra devolver a calma esperada
É injusto pedir um favor?
Posso eu querer-te mais?
Tenho pressa de ti
Pedir tempo ao tempo
É só dar a si, pouco do tempo
em tempo demais
Pedro Ormuz
30 de jun. de 2011
ps.: ...
você me desafina
seu tom é outro
seu timbre é belo
mesmo desafinado por você
canto mais alto por mim
e me perco nas minhas músicas
que são suas
seu tom é outro
seu timbre é belo
mesmo desafinado por você
canto mais alto por mim
e me perco nas minhas músicas
que são suas
22 de jun. de 2011
talvez tenho dito já todas as coisas, mas sinto que ainda devo dizer mais
há um nó na garganta que tento fingir não incomodar
tento não te atrapalhar e me atrapalho com tudo isso
não é só falar, não é só tentar,
perder nesse jogo dá medo de em outro jogo entrar
as pessoas são um jogo de azar
Pedro Ormuz
há um nó na garganta que tento fingir não incomodar
tento não te atrapalhar e me atrapalho com tudo isso
não é só falar, não é só tentar,
perder nesse jogo dá medo de em outro jogo entrar
as pessoas são um jogo de azar
Pedro Ormuz
8 de jun. de 2011
Poema do novo (de novo)
Eu não penso em saber o que eles pensam,
de fato, isso eu até quero,
mas me impressiona, de bom grado:
a dúvida e a possibilidade da dissolução.
Foi-se o tempo de pensar negativo,
foi-se o positivo e ficou o novo.
O novo é o tempo dos fatos,
e o tempo dos fracos é o anteontem
Não queimo retratos, cartas eu guardo.
Fica claro que sou do passado:
Do passado adiante passando
Onde melhorar em mim? Esse caminho é assim.
Não me resta outra alternativa:
Melhorar o mundo me melhorando.
de fato, isso eu até quero,
mas me impressiona, de bom grado:
a dúvida e a possibilidade da dissolução.
Foi-se o tempo de pensar negativo,
foi-se o positivo e ficou o novo.
O novo é o tempo dos fatos,
e o tempo dos fracos é o anteontem
Não queimo retratos, cartas eu guardo.
Fica claro que sou do passado:
Do passado adiante passando
Onde melhorar em mim? Esse caminho é assim.
Não me resta outra alternativa:
Melhorar o mundo me melhorando.
27 de mai. de 2011
Diálogos Hemprováveis #4
"e aí, tudo bele?
"tudo, e com você?"
"tranquilo. Nossa, que sorriso lindo, o que te alegra tocando aí nesse fone de ouvido?"
"jusntin timberlake, vc gosta?"
foi quando percebi um alface naqueles dentes lindos
Pedro Ormuz
"tudo, e com você?"
"tranquilo. Nossa, que sorriso lindo, o que te alegra tocando aí nesse fone de ouvido?"
"jusntin timberlake, vc gosta?"
foi quando percebi um alface naqueles dentes lindos
Pedro Ormuz
16 de mai. de 2011
Um cara qualquer, com o relógio parado (...e a vida andando)
E todo dia ele acorda cedo, vira a cara para o lado e dorme até ficar atrasado. Não sabe o que tem pra fazer até a hora do trabalho, mas levanta com o ar desesperado de gente por demais atarefada. Afobado, toma café gelado, mora com a mãe e está mais uma vez reclamando do horário.
Tem o resmungado afiado, bem disposto a praguejar a vida e os vivos, adora livros que ainda não compreendeu e está bem a continuar investindo no nada.Telefone desligado, amigos atarefados, e ele vivendo atrasado, vendo os desenhos repetidos da TV.
Planos? Um monte deles, cada dia mais um. Belos planos mirabolantes e um desejo reprimido que todos o venerem, que reconheçam o valor que ele, que nem ele, assume que tem.
Já na hora do trabalho, caminha calmo, aproveita esse instante pra reclamar na sua cabeça sobre o desperdício de tempo pela manhã. E trabalha como um cachorro, enganado pela lábia do patrão, lidando com meninas que ele nunca comerá e vai pra casa no fim, pensando em acordar cedo e mudar de vida.
Tem a memória curta ou se perdoa fácil? No outro dia deixa a mudança de lado e volta a reclamar do mesmo, do mais do mesmo. Ele não mudará, ama essa condição abocanhada pela mediocridade e odeia sair da mesa de barriga vazia.
Já leu uma vez que há homens que nascem póstumos e percebeu se observando que - ele perde muito tempo com isso - que também há homens que pra vida não nascem.
#91 Mudo
O aconchego era muito
o carinho era tanto
ninguém percebeu o silêncio
com os toques de silêncio tocando
em mudez
mudamos os planos
Dei sorrisos à paraísos perdidos,
perdidas outras me parasitando.
Nos enfeitiçaram outras fadas,
com outras varas,
outros magos com outros mantos.
E na mudez nos mudamos.
Pedro Ormuz
o carinho era tanto
ninguém percebeu o silêncio
com os toques de silêncio tocando
em mudez
mudamos os planos
Dei sorrisos à paraísos perdidos,
perdidas outras me parasitando.
Nos enfeitiçaram outras fadas,
com outras varas,
outros magos com outros mantos.
E na mudez nos mudamos.
Pedro Ormuz
15 de mai. de 2011
Retalhar retalhos
Ouvi dizer por aí
que você ia me abandonar
me abandone então,
me deixe só, e em vão,
vá pra lá:
Correr atrás da vida inteira,
trocar sempre os pés e as mãos.
Tecer sua colcha de retalhos
e retalhar seu coração
Pedro Ormuz
que você ia me abandonar
me abandone então,
me deixe só, e em vão,
vá pra lá:
Correr atrás da vida inteira,
trocar sempre os pés e as mãos.
Tecer sua colcha de retalhos
e retalhar seu coração
Pedro Ormuz
1 de abr. de 2011
De E para B
se cuida
te cuido
te cuida
cuidados pra mim
te ama
te amo
te sou
cuidados pra ti
te velo
te venho
te fecho
vestida pra mim
de amores
de sabores
de acordes
acordado pra ti
te cuido
te cuida
cuidados pra mim
te ama
te amo
te sou
cuidados pra ti
te velo
te venho
te fecho
vestida pra mim
de amores
de sabores
de acordes
acordado pra ti
14 de mar. de 2011
Da cabeça baixa, pra cabeça alta
A partir de qual momento começo a
ultrapassar meus limites e quando
irei transpô-los, pra menos ou pra
mais
Do certo pro errado
do ignorante ao mestrado
Do colega pro amigo
do amado ao abandonado
E é quando que se torna homem
que se passa a a escrever sua
história após viver tantos
contos
De romances inacabados
de ficções mirabolantes
De russos sorumbáticos
de deuses dançantes
E a mudança mais bem aproveitada
que torna os vestígios um caminho
que traz ao novo ninho a nova
alma
Da pureza ao sangramento
da pele lisa à barba
do adulto à calma
do fluído ao firmamento
E a aceitação desse novo caminho,
a subida dessa escada, menos
pela sorte e aflitos, mais por amor à
batalha
De ter lido e ter relido
de ter entendido e esquecido
Por amor aos fatos e destino
eis a mudança esperada:
ultrapassar meus limites e quando
irei transpô-los, pra menos ou pra
mais
Do certo pro errado
do ignorante ao mestrado
Do colega pro amigo
do amado ao abandonado
E é quando que se torna homem
que se passa a a escrever sua
história após viver tantos
contos
De romances inacabados
de ficções mirabolantes
De russos sorumbáticos
de deuses dançantes
E a mudança mais bem aproveitada
que torna os vestígios um caminho
que traz ao novo ninho a nova
alma
Da pureza ao sangramento
da pele lisa à barba
do adulto à calma
do fluído ao firmamento
E a aceitação desse novo caminho,
a subida dessa escada, menos
pela sorte e aflitos, mais por amor à
batalha
De ter lido e ter relido
de ter entendido e esquecido
Por amor aos fatos e destino
eis a mudança esperada:
Da cabeça baixa,
pra cabeça alta
5 de mar. de 2011
Minha Pu*a
mulheres com os seus dons de não fazer nada
eu por aqui com a boca arreganhada
de te ver sorrir ao chegar na balada
olhando pra mim com cara de quem não quer nada
sorrisinho fingido de quem já planejou tudo
me leva prum canto prum lugar inseguro
me chama de nada e acha que é absurdo
descansa de mim num suspiro que inspira tudo
eu por aqui com a boca arreganhada
de te ver sorrir ao chegar na balada
olhando pra mim com cara de quem não quer nada
sorrisinho fingido de quem já planejou tudo
me leva prum canto prum lugar inseguro
me chama de nada e acha que é absurdo
descansa de mim num suspiro que inspira tudo
28 de fev. de 2011
Conseqüência Natural
Ter isqueiro e acender
Ter fósforo e riscar
Ter olhos e ver
Ter fumo e fumar
Ter saudade e doer
Ter amor e perder
Ter esperança e acabar
Ter fósforo e riscar
Ter olhos e ver
Ter fumo e fumar
Ter saudade e doer
Ter amor e perder
Ter esperança e acabar
17 de fev. de 2011
Na noite não cessa
Marginais da noite
Seres vermes alados.
bêbados nos carros,
sóbrios apedrejados
Seres que caminham
nos becos das árvores
Se escondem e vingam
sombras que eram do passado
Meninas corrompidas
maridos desesperados
taxistas que levam drogados
Meninos semfamília
pedras e estalos
cigarros e dia roubados
Seres vermes alados.
bêbados nos carros,
sóbrios apedrejados
Seres que caminham
nos becos das árvores
Se escondem e vingam
sombras que eram do passado
Meninas corrompidas
maridos desesperados
taxistas que levam drogados
Meninos semfamília
pedras e estalos
cigarros e dia roubados
14 de fev. de 2011
Sua Sombra
ainda vejo sua sombra,
em luzes que não tem tanto brilho
ainda percebo sua aura
ainda vejo seus rastros
mal percebo que sigo o seu caminho.
nem quando me arrasto
deixo de te ver.
perto do chão vejo mais nítido
o que vejo da sua sombra
em luzes que não tem tanto brilho
ainda percebo sua aura
ainda vejo seus rastros
mal percebo que sigo o seu caminho.
nem quando me arrasto
deixo de te ver.
perto do chão vejo mais nítido
o que vejo da sua sombra
13 de fev. de 2011
12 de fev. de 2011
Faz marra
Ela não vai, mas manda dizer que saiu
Ele não cede, mas faz cena na despedida
Se constroem no evitar
E evitam se compor
Compõem-se ao evitar
(se destruírem)
Ele não cede, mas faz cena na despedida
Se constroem no evitar
E evitam se compor
Compõem-se ao evitar
(se destruírem)
11 de fev. de 2011
O Facebook e o Fio Terra
Uma cutucada diz muita coisa
Uma cutucada diz quase nada
Numa cutucada só fiz: cutucar de volta
Uma cutucada diz quase nada
Numa cutucada só fiz: cutucar de volta
6 de fev. de 2011
De cara com a rua
foi chutado foi morto
foi atropelado foi varrido
surgiu do nada
comprou briga e perigo
levou na cara
ainda não tomou juízo
fez pirraça
ficou com corpo estendido
agora não come não fica de pé
precisa de ajuda não tem mais mulher
brigou na rua
com um mais locão
levou soco na cara
foi parar no chão
foi atropelado foi varrido
surgiu do nada
comprou briga e perigo
levou na cara
ainda não tomou juízo
fez pirraça
ficou com corpo estendido
agora não come não fica de pé
precisa de ajuda não tem mais mulher
brigou na rua
com um mais locão
levou soco na cara
foi parar no chão
22 de jan. de 2011
14 de jan. de 2011
Uma canção dos bardos
Cada um sossegado, na sua, com o seu, na mão
Olhando pro nada
e pensando em tudo
Ficando maior
a cada segundo
Na bagagem do dia-a-dia
o sonho do futuro absurdo
Mirando o nada
e acertando em tudo
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